segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Inglaterra impede que ditadura Maduro saque $1,2 bilhão em ouro





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    Barras de ouro

    Bloomberg: Banco da Inglaterra se recusa a devolver ouro a Maduro

    © AFP 2018 / Paul J. Richards
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    Crise política na Venezuela se agrava (88)
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    O Banco da Inglaterra recusou ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, um pedido para entregar US$ 1,2 bilhão (R$ 4,5 bilhões) em barras de ouro, informou a Bloomberg neste sábado (26), citando fontes.
    Em dezembro do ano passado, Maduro declarou que seu país tem o direito de vender seu ouro independentemente das sanções dos EUA, e comentou a situação incerta em relação ao retorno do ouro venezuelano da Grã-Bretanha para a Venezuela.
    Uma fonte anônima disse à agência que a decisão de não autorizar o pedido de retirada de ouro foi feita depois que altos funcionários dos EUA, inclusive o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, pressionaram seus homólogos britânicos a bloquearem o acesso a ativos no exterior por Maduro.
    A Bloomberg observa que agora as autoridades norte-americanas estão tentando enviar dinheiro do Estado venezuelano depositado no estrangeiro para Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela, com o objetivo aumentar as chances de obter controle sobre o governo.
    Guaidó chamou a decisão do Banco da Inglaterra de "proteção dos ativos" da Venezuela.
    "Começa o processo de proteção de ativos venezuelanos. Não vamos permitir mais abusos e que roubem o dinheiro destinado aos alimentos, medicamentos e, portanto, ao futuro de nossos filhos", escreveu o político no seu Twitter.
    Segundo a publicação, o total das reservas externas do Banco Central da Venezuela é de US$ 8 bilhões (R$ 30,1 bilhões). Parte dos ativos está no Banco da Inglaterra, a localização da outra parte é desconhecida.
    Mais cedo, foi informado que a Venezuela decidiu transferir US$ 550 milhões (R$ 2 bilhões) em barras de ouro do Banco da Inglaterra por temer que estas fossem afetadas pelas sanções norte-americanas contra o país. Conforme relatado pela Reuters, trata-se de 14 toneladas de ouro. A implementação desses planos foi adiada por dois meses devido às dificuldades em obter o seguro necessário para movimentar uma grande carga de ouro. 
    Na quarta-feira (23), Guaidó se declarou presidente interino da Venezuela. Os EUA, União Europeia e uma série de países da América Latina, inclusive o Brasil, manifestaram apoio a Guaidó e à oposição venezuelana. Rússia, Cuba, México, Bolívia, Nicarágua, Turquia, Irã e China apoiam a permanência de Maduro.

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